segunda-feira, 30 de julho de 2012

Vencedores da 32ª Coxilha Nativista

Diálogo de Luz e Sombra vence a 32ª Coxilha.


Encerrou na madrugada deste domingo, na cidade de Cruz Alta, a 32ª Coxilha Nativista, um dos principais festivais do Rio Grande do Sul.


Logo após o espetáculo de encerramento com o cantor Luiz Marenco foram conhecidos os destaques do festival.

A premiação é a seguinte:

Primeiro Lugar: Diálogo de Luz e SombraLetra: Marcelo D'Ávila
Melodia: Juliano Moreno
Interpretação: Juliano Moreno e Gustavo Teixeira

Segundo Lugar: Estrela de Papel
Letra: Juca Moraes/Carlos Omar Villela Gomes
Melodia: Duca Duarte
Interpretação: Pirisca Grecco

Terceiro Lugar: Golpeador Letra: Evair Gomez
Melodia: Juliano Gomes
Interpretação: Marcelo Oliveira

Música Mais Popular: O Gaiteiro da Praça
Autores: Jorge Moreira/Angelino Rogério
Interpretação: Angelino Rogério

Melhor Tema Cruz Alta: Um Chasque FraternoAutores: Luciano Ferreira/Piero Ereno
Interpretação: Ita Cunha e Jean Kirchoff

Melhor Intérprete: Joca Martins (na música “Rosal”)

Melhor Instrumentista: Clarissa Ferreira (Violino na música “Diálogo de Luz e Sombra”)

Melhor Letra: Cavalo de Tiro (Zeca Alves/Gujo Teixeira)

Melhor Arranjo: Diálogo de Luz e Sombra

Melhor Melodia: Golpeador (Juliano Gomes)

Melhor Conjunto Vocal: Diálogo de Luz e Sombra - (Juliano Moreno, Gustavo Teixeira e Grupo)

Melhor Indumentária: Marcelo Oliveira (na música “Golpeador”)
FASE LOCAL:

Primeiro Lugar: Por Meu Querer
Letra: Jorge Nicola Prado
Melodia: Kauê Diaz
Interpretação: Kauê Diaz

Segundo Lugar: Retrato de um Fim de Tarde
Letra: Luiz Onério Pereira
Melodia: Beto Barcellos
Interpretação: Nando Soares

Terceiro Lugar: Meu Sonho Pajador
Letra: Leandro Torres Ribeiro
Melodia: Marcelinho Carvalho
Interpretação: Diego Muller


sexta-feira, 6 de julho de 2012

Festas Juninas

Antonio Daniel Busch 
Trazidas pelos colonizadores europeus para o Brasil, as Festas Juninas têm sua origem nos povos primitivos que homenageavam seus deuses com fogueiras e danças durante a época de colheita.
            No Brasil as Festas Juninas originalmente tinham conotação religiosa, pois havia o propósito de celebrar e agradecer os bons resultados das colheitas e ainda festejar os nascimentos de São João, Santo Antonio, São Pedro e São Paulo (dias 24, 13 e 29, respectivamente), pedindo assim que a próxima safra fosse farta outra vez.
Porém ao se tornar popular não apenas na zona rural as comemorações juninas perderam o sentido religioso, o que outrora valorizava o homem do campo, seu trabalho e suas crenças atualmente passou a desmoralizá-lo, através da espetacularização do casamento na roça, e a ridicularizá-lo, por meio das vestimentas rasgadas, da pintura dos dentes de preto e das maquiagens exageradas nas mulheres.
            No Rio Grande do Sul as festas em honra aos Santos do mês de junho sempre tiveram grande importância e, por isso, comemoradas de acordo com a nossa cultura própria, valorizando a figura do homem rural do nosso estado, o gaúcho.
Assim, aqui no sul do Brasil as Festas Juninas essencialmente gaúchas são festejadas por homens, mulheres e crianças tipicamente pilchados, ao som de gaita e violão, com muita dança, versos de aporfia, chimarrão, sapecada de pinhão na grimpa e uma farta culinária campeira, sem esquecer-se da fé, muitas pessoas ainda caminham de pés descalços sobre a fogueira ardente para pagarem promessas.
Infelizmente, hoje em dia observa-se em nosso estado a deturpação dessa cultura tão rica, através da mistura dos costumes caipiras com a tradição gaúcha, principalmente nas festas escolares, onde vemos muitos educadores aprovarem essa desvalorização da verdadeira identidade do gaúcho, deixando a criança, que está em processo de formação de caráter e opinião, confusa, sem saber distinguir o caipira do gaúcho e o que é pior, sem saber dignificar as próprias figuras da comunidade em que vive.
Apesar da globalização tão presente em nosso cotidiano, devemos respeitar as manifestações culturais próprias de cada região e como gaúchos devemos preservar nossos costumes, o fato de comemorar as Festas Juninas de maneira essencialmente gaúcha é um sinal de respeito à nossa história, portanto, acredito que está mais do que na hora das escolas e também dos CTGs  promoverem o esclarecimento das reais diferenças entre uma festa e outra, pois gaúcho nunca foi caipira.